EXCLUSIVO: Missão Rondônia
- Atual chefe da Casa Civil usou mais de R$ 1 milhão do fundo eleitoral em 2022
Apontado como um dos nomes mais próximos do governador Marcos Rocha (União Brasil), o chefe da Casa Civil, Elias Rezende, tem acumulado críticas por sua postura considerada autoritária e distante dos servidores públicos. Nomeado para substituir Júnior Gonçalves, Rezende passou a adotar um comportamento descrito por interlocutores do próprio governo como “embebecido pelo poder”.
Desde que assumiu o comando da Casa Civil, Elias tem evitado o diálogo com representantes sindicais e categorias da base do funcionalismo, o que tem ampliado o desgaste da administração estadual, especialmente nas áreas da saúde, educação e segurança pública — pilares essenciais da gestão.
Com trajetória marcada por ascensões políticas rápidas, Rezende já ocupou diversos cargos de confiança nos dois mandatos de Marcos Rocha. Em 2022, tentou uma vaga na Câmara Federal, mas fracassou nas urnas, mesmo após receber mais de R$ 1,1 milhão do fundo eleitoral para financiar a campanha.
Aliados políticos apontam que a mudança de postura de Elias é visível — do visual ao comportamento. Antes discreto, hoje se apresenta com arrogância e prepotência, características que, segundo observadores, colocam em risco a imagem do próprio governador, que busca consolidar seu nome para uma futura candidatura ao Senado.
Além das críticas políticas, Elias Rezende é investigado no processo nº 7004596-47.2022.8.22.0001, em tramitação na 4ª Vara Criminal de Porto Velho, por suposta participação em associação criminosa, fraude em licitação e direcionamento de contratos no âmbito do Governo de Rondônia.
Enquanto o clima de tensão cresce entre servidores e o Palácio Rio Madeira, Rezende segue acumulando poder e antipatia, e, segundo aliados, pode acabar transformando a vaidade em um dos maiores entraves da gestão Rocha.