Porto Velho, RO – O cenário político de Rondônia foi abalado nesta sexta-feira (10) com a deflagração da Operação “Face Oculta”. Esta ação resultou no afastamento cautelar do vereador Thiago Tezzari de Porto Velho. As autoridades investigam o parlamentar por crimes de peculato e lavagem de capitais, com foco na prática ilícita conhecida como “rachadinha”.
A Polícia Civil de Rondônia, por meio da 2ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco2) e do DECCO, coordenou a operação. Além disso, a ação contou com o apoio essencial do GAECO do Ministério Público.
As investigações apuram a apropriação de parte da remuneração de assessores. Ou seja, o vereador estaria desviando e se apropriando de uma porção dos salários que, legalmente, pertenceriam aos servidores. A equipe de investigação também apura o crime de lavagem de capitais, pois há suspeitas de que o esquema tentava ocultar a origem ilícita desses valores.
Dessa forma, a Justiça expediu 24 mandados de busca e apreensão. As equipes de segurança cumpriram os mandados em diversos locais:
- No gabinete do vereador na Câmara Municipal de Porto Velho;
- Em residências e empresas ligadas a Tezzari;
- Em endereços de assessores envolvidos no suposto esquema.
Além disso, o Juízo determinou o afastamento cautelar das funções do vereador e de seus assessores por um período inicial de 30 dias.
O Significado de “Face Oculta”
O nome da operação faz uma clara alusão ao cerne da investigação. A Polícia Civil esclarece que “Face Oculta” refere-se à porção do salário que era desviada, em vez de permanecer com o servidor. Portanto, o esquema buscava ocultar a verdadeira destinação dos recursos públicos.
A Polícia Civil e o Ministério Público reforçam o compromisso de combater a corrupção. As investigações seguem em sigilo. A defesa do vereador e dos assessores ainda não se pronunciou sobre as graves acusações.
Gostaria de adicionar o nome do partido de Tezzari na matéria ou alguma informação sobre as penas previstas para esses crimes?