CASSADO: Vereador em Ji-Paraná perde mandato por esquema com propina
Uma quarta-feira que entrou para a história política de Ji-Paraná, Rondônia. Wellington Negão, ex-presidente da Câmara Municipal, teve seu mandato cassado por unanimidade em uma sessão que misturou drama, tensão e o peso da Justiça.
A Propina que Desvendou um Esquema Milionário
A conta bancária que selou o destino político do vereador: R$ 100 mil em propina. Esse valor, segundo as investigações, era apenas a ponta do iceberg de um esquema milionário que envolveu pelo menos três parlamentares e abalou as estruturas do poder local.
O Esquema que Caiu Como um Castelo de Cartas
O relatório que derrubou Negão revelou detalhes chocantes. Junto com os vereadores Elvis Gomes e Isaú Fonseca, ele teria montado uma verdadeira máquina de corrupção, cobrando propina para acelerar pagamentos de abonos salariais de professores.
Dessa forma, a estratégia era simples e criminosa: usando sua posição privilegiada como presidente da Câmara, Negão turbinava a tramitação de projetos em troca de dinheiro vivo. O vereador Wesely Brito, relator do processo, foi implacável em sua avaliação: “Mandato de vereador não é carta branca para crime”.
O Último Ato Desesperado de Negão
Na sessão desta quinta-feira, Wellington Negão subiu à tribuna para o que pode ter sido o discurso mais importante de sua vida política. Ele negou tudo, chorou, apelou para histórias pessoais e chegou a pedir perdão aos colegas.
Sua defesa? O dinheiro seria de um empréstimo consignado, e a aprovação dos projetos polêmicos contou com todos os 16 votos da Casa. Contudo, essa argumentação não convenceu. Os pares não se deixaram levar, e o resultado foi devastador: 16 votos pela cassação, zero pela absolvição.
As Operações que Desmantelaram a Corrupção
O cerco começou a se fechar em janeiro de 2025, quando o Ministério Público de Rondônia deflagrou as Operações Arauto e Arcana Revelada. Essas investigações escancararam uma organização criminosa que operava livremente na Prefeitura e Câmara entre 2020 e 2023.
Assim, o esquema era sofisticado: consistia na cobrança de propina para acelerar o pagamento de créditos judiciais de servidores da Educação, burlando todas as normas de finanças públicas. Além disso, o MPRO ainda cobra indenização por danos morais coletivos pelo estrago causado à administração pública.
A Pergunta que Não Quer Calar nos Bastidores
Agora, com a carreira política de Wellington Negão aparentemente em ruínas, surge a pergunta que movimenta os bastidores em Rondônia: será que ele será nomeado para a Casa Civil ou para a Governadoria — espaços conhecidos como refúgio de ex-políticos no governo Marcos Rocha — repetindo, assim, o mesmo destino de seu pai?
O Que Vem Por Aí: Próximos Capítulos da Crise
A cassação de Wellington Negão é apenas o primeiro capítulo de uma história que promete ter muitos desdobramentos. A população de Ji-Paraná aguarda as próximas ações da Justiça, enquanto o legislativo municipal tenta se reerguer da maior crise de credibilidade de sua história.
Por outro lado, Elvis Gomes e Isaú Fonseca, os outros dois vereadores citados no esquema, seguem no radar das investigações. A cidade de 130 mil habitantes assiste, entre revolta e esperança, ao que pode ser um marco na luta contra a corrupção local.
FONTE: SITE RO 24H NOTICIAS – https://www.ro24hnoticias.com.br/
Publicar comentário