Cardiologistas fazem alerta: inchaço nos pés pode ser sinal de insuficiência cardíaca

Um sintoma muitas vezes subestimado — o inchaço persistente nos pés, tornozelos e pernas — pode indicar insuficiência cardíaca, de acordo com especialistas. A condição ocorre quando o coração perde força para bombear o sangue de maneira eficaz, comprometendo o transporte de oxigênio e nutrientes para todo o corpo.

Esse mau funcionamento provoca acúmulo de líquidos, principalmente nos membros inferiores. Diferente do inchaço comum, que tende a melhorar com repouso, o edema causado pela insuficiência cardíaca permanece visível e pode deixar marcas ao pressionar a pele.

Por que isso acontece?

Quando o coração não consegue bombear adequadamente, o sangue se acumula nas veias das pernas, favorecendo o inchaço. Além disso, médicos lembram que os edemas também podem estar ligados a doenças renais, hepáticas ou circulatórias — como a trombose venosa profunda. Por esse motivo, qualquer alteração deve ser investigada rapidamente.

Outros sintomas que merecem atenção

O inchaço não é o único alerta. Entre os sinais mais comuns da insuficiência cardíaca estão:

  • Falta de ar ao se deitar, em repouso ou durante esforços;
  • Ganho repentino de 2 a 3 quilos em poucos dias, geralmente pela retenção de líquidos;
  • Cansaço extremo até em atividades simples;
  • Dificuldade para dormir devido à sensação de falta de ar.

Portanto, quando esses sintomas aparecem em conjunto — principalmente falta de ar associada ao aumento rápido de peso — é fundamental buscar atendimento médico imediato.

Causas e fatores de risco

A insuficiência cardíaca geralmente surge como consequência de outras doenças cardíacas. Entre as mais frequentes estão a hipertensão não controlada, o infarto prévio, a doença arterial coronariana e os problemas nas válvulas do coração.

Além dessas causas, existem fatores de risco que aumentam a probabilidade de desenvolver a doença, como:

  • Tabagismo;
  • Diabetes;
  • Obesidade;
  • Sedentarismo.

Desse modo, manter o controle das condições crônicas e adotar hábitos saudáveis são medidas essenciais de prevenção.

Tratamento e controle

Embora não tenha cura definitiva, a insuficiência cardíaca pode ser controlada. O tratamento inclui medicamentos específicos, dispositivos como marca-passos e mudanças no estilo de vida. Em situações mais graves, o transplante cardíaco pode ser considerado.

Além do acompanhamento médico, algumas atitudes ajudam a frear a progressão da doença, tais como:

  • Praticar atividade física regularmente;
  • Manter a pressão arterial sob controle;
  • Reduzir o consumo de sal;
  • Evitar álcool em excesso e o tabaco.

Importância do diagnóstico precoce

Assim, identificar a insuficiência cardíaca nos estágios iniciais permite ajustar o tratamento de forma mais eficaz. Isso reduz complicações e diminui o risco de hospitalizações.

Por fim, quanto mais cedo o diagnóstico, maiores são as chances de preservar a qualidade de vida do paciente.

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